sexta-feira, 19 de julho de 2013

Unicef lança apelo por vítimas da seca


Agência pretende arrecadar US$ 21,7 milhões para investir em ações de prevenção e tratamento de doenças e de desnutrição em Angola e na Namíbia
Imbondeiro, árvore típica da Angola, é conhecida por sua capacidade de enfrentar grandes períodos de estiagem. Foto: Alfred Weidinger/Wikipedia
Imbondeiro, árvore típica da Angola, é conhecida por sua capacidade de enfrentar grandes períodos de estiagem. Foto: Alfred Weidinger/Wikipedia

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo para angariar US$ 21,7 milhões, recursos que serão usados para evitar uma crise alimentar e de saúde provocada pela estiagem em Angola e na Namíbia. O porta-voz do Unicef em Genebra, Patrick McCormick, informou que as ações serão focadas na prevenção e no tratamento da desnutrição e de doenças.
A maior parte, US$ 14,3 milhões, vai para a Angola. “O país atravessa uma estação de seca prolongada e milhões de crianças serão potencialmente afetadas. Os níveis de água estão baixando rapidamente e quase metade dos pontos de água já secaram”, disse McCormick.
Na Namíbia, mais de 778 mil pessoas sofrem com a estiagem, incluindo 109 mil crianças menores de cinco anos de idade. Segundo o UNICEF, apesar de a situação de emergência estar numa fase inicial, é previsível que venha a agravar-se, pois o país atravessa fracas estações de chuvas há três décadas.

Casos de Cólera
Com a seca, os casos de cólera tornam-se uma preocupação adicional. “Estamos programando fazer uma avaliação. Mas já sabemos que é preciso gerir a situação potencial da cólera. Já se sabe que os hospitais (da Namíbia) estão recebendo casos da doença provenientes de Angola. Temos que levar em consideração a travessia entre os dois países”, afirmou a representante do Unicef na Namíbia, Micaela de Sousa. Na região, os cidadãos dos países têm o costume de cruzar as fronteiras em busca, principalmente, de pasto para seus animais.
Fontes: Rádio ONU e AngoNotícias.
Redação do brazilafrica.com
http://brazilafrica.com/noticias/unicef-lanca-apelo-por-vitimas-da-seca/

BOLSA FAMILIA


>>>É PRECISO PENSAR SEM DUVIDA. E SE VOCÊ FOSSE UM DESSES QUE RECEBE HOJE O BOLSA FAMILIA? SAIR NAS RUAS DE BARRIGA CHEIA CONTRA A QUEM TEM FOME, PARECE FACIL. E MESMO QUEM AINDA RECEBE ESSA AJUDA, SAIBAM: AINDA SE EMOCIONAM QUANDO DESCOBRE QUE VAI FALTAR COMIDA ATÉ O PROXIMO RECEBIMENTO. GRITO! DIGOU EU: É PELA CONSCIENCIA E O SENTIMENTO DE NOS ENTERDERMOS PARA UM FUTURO, SEM DUVIDAS DE MELHORAS PARA TODOS. MUITOS QUE FORAM PRAS RUAS – NÃO SOU CONTRA – ESTAVAM SENDO EMBELEZADOS PELA O FATO HISTORICO. ACREDITEM! UM GRITO BLEFANTE POR DEMOCRACIA, E DEMOCRACIA ALEM DE TUDO, ESTÁ PARA O BEM DO POVO – NÃO A MERA FARSA DEMOCRATICA DE CANAIS ABERTOS QUE MASCARAM INFORMAÇOES TORNANDO-AS PARA TODOS COMO PADRÃO. UMA VERGONHA! GRITO! INFORMAÇÕES FORJADAS NO INFERNO DA IGNORÂNCIA. SALTEM, E VEJAM POR CIMA DESSA MIDIA A NOVA LIBERDADE E UM SUSPIRO DE PAZ DE CONSCIENCIA. AGORA IMAGINEM: AQUELES, DEVIDO A GEOGRAFIA E O HISTORICO DE VIDA FAMILIAR SÃO VITIMAS DO SISTEMA E JÁ NASCEM NA MISERIA POR FALTA DE MEIOS PARA SOBREVIVER? QUEM É VOCÊ QUE GRITA E NÃO VER, ENTENDE OU COMPREENDE? NÃO DEFENDAM SÓ A BANDEIRA – O QUE SUSTENTA A BANDEIRA É UMA CONSCIENCIA RACIONAL - E O RACIONAL É USAR O PRISMA PARA ENXERGAR ATRAVES DOS OLHOS DO PROXIMO A NECESSIDADE QUE TAMBEM SERIA SUA SE ESTIVESSE DO OUTRO LADO <<<
_LUISLIMA_

Nós que odiamos tanto o Bolsa Família: os bilhões injetados na economia pelo Bolsa Família e os milhões que saíram da miséria por causa dele são regra; o uso do cartão para pagar prostituta é uma isolada exceção. O que fazer com os programas do governo federal voltados para empresários e para a classe média quando estes também fazem mau uso desses benefícios públicos?


por Paulo Jonas de Lima

Pergunte às pessoas que são contra o Bolsa Família - furiosamente contra o Bolsa Família - o que é o Bolsa Família. Você constatará que a maioria delas não sabe o que é o Bolsa Família. Em outras palavras, o preconceito e a desinformação - frutos em grande parte da manipulação midiática e da mentalidade de classe - sobre o assunto são enormes.

Em linhas gerais, o Bolsa Família é um benefício do governo federal que promove transferência de renda do Estado para aqueles brasileiros que vivem em estado de pobreza extrema ou miséria. O valor médio pago às famílias é de 150 reais. Entretanto, para receber o benefício, os beneficiários precisam cumprir certas exigências, como matricular os filhos nas escolas e fazer com que todas as crianças sejam vacinadas. Além disso, os familiares também são informados e orientados acerca de questões de cidadania, como o planejamento familiar, por exemplo. Ou seja, as melhorias sociais e econômicas promovidas pelo Bolsa Família estão nos seus desdobramentos e consequências, fato que os seus detratores, na maioria leitores da Veja e telespectadores do Jornal do SBT - ou seja, os consumidores de opinião pronta, de opinião fast-food -, não conseguem perceber, ou pior, não querem perceber.

O Bolsa Família, nos seus desdobramentos, atua como um escudo de proteção social para os mais necessitados. O poder do cartão do benefício, por exemplo, fica com a mulher, dando a ela maior autonomia na administração do dinheiro para a casa e maior proteção contra eventuais truculências de maridos facínoras, realidade essa, infelizmente, bastante comum em várias partes do país. Também vale ressaltar que o Bolsa Família fez diminuir o trabalho escravo em regiões onde, por conta da miséria, se trabalhava antes por qualquer valor miserável para fazendeiros e outros patrões inescrupulosos.

Por outro lado, o benefício fez e faz crescer e desenvolver pequenas economias locais, que antes careciam de consumidores e tinham pequena produção. Cada um dos milhões de brasileiros em estado de extrema pobreza com 150 reais nas mãos faz a economia de seus locais se expandir. Como consequência direta disso temos a geração de empregos. Os bilhões e milhões injetados pelo Bolsa Família levou ao aumento do consumo, que levou ao aumento da produção, que levou ao aumento da oferta de empregos com carteira assinada em várias partes do país. E quando o beneficiário consegue sair da miséria por conta do Bolsa Família, ele abandona o benefício para viver sua cidadania. Há muitos estudos mostrando essa ascensão social, o que fortalece a ideia de que o Bolsa Família tende a acabar um dia, naturalmente, quando a miséria for definitivamente erradicada do país.

Os que insistem em propagar que o Bolsa Família é uma bolsa esmola foram beneficiados esta semana com uma notícia difundida com espetáculo pela grande mídia, que também odeia o Bolsa Família. Trata-se da mais nova munição da campanha contra o benefício do governo federal que já tirou mais de 13 milhões de famílias da miséria extrema. Um beneficiário do programa de transferência de renda do governo teria tentado pagar uma prostituta com o seu cartão. Moral  da história: o Bolsa Família é dinheiro do contribuinte desperdiçado com vagabundo, logo, o programa precisa acabar por ser imoral e ineficaz.


Ora, seguindo essa lógica tacanha e de má-fé, por que não acabar de vez também com todos os benefícios financeiros e fiscais concedidos pelo governo federal a grandes, pequenos e microempresários, a pessoas da classe média que usufruem de benefícios como o FIES para pagarem suas faculdades, quando um ou outro empresário ou profissional liberal sonega, desvia recursos, faz caixa dois, enfim, aplica mal e faz mau uso desse dinheiro público que lhe foi concedido? Por causa da corrupção vamos acabar com o BNDES, com o FIES, com as bolsas de fomento à pesquisa, com a Lei Rouanet e por aí vai?

Não tomemos a exceção da exceção como a regra da regra.
 
http://opensadordaaldeia.blogspot.com.br/

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Portal BrazilAfrica lança vídeo em comemoração aos 95 anos de Mandela

Para comemorar o aniversário de 95 anos do líder sul-africano Nelson Mandela, o grupo afro Ilê Aiyê, a produtora Cine Group e o portal brazilafrica.com lançam nesta quinta-feira, 18, um clipe exclusivo, produzido em Salvador.
A iniciativa é um reconhecimento à luta de Mandela contra a discriminação racial e pela igualdade entre os homens. Nelson Mandela liderou o movimento contra o apartheid na África do Sul e é um símbolo na luta contra o racismo no mundo após ter sido condenado à prisão perpétua em 1964.
Ao ser libertado, depois de passar 27 anos na prisão, ele manteve sua luta e, junto com o povo sul-africano, venceu o racismo.
Em 1994, foi eleito o primeiro presidente negro do País e conduziu com mãos firmes e de forma pacífica o processo que acabou com o discriminação racial. Por sua luta, recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 1993.
Clique aqui e conheça mais sobre a história de Nelson Mandela.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=JNv9lCdMoZ4
http://www.institutolula.org/portal-brazilafrica-lanca-video-em-comemoracao-aos-95-anos-de-mandela/#.UeiVx22epqM

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ato contra o oligopólio da comunicação por empresas e políticos. Sarney e Collor são donos de retransmissoras da Globo, Jader Barbalho é dono de retransmissora da Bandeirantes

TV Cultura, cada vez menos pública, cada vez mais panfleto do PSDB: o "Roda Viva" como palanque para Serra e FHC e como arapuca para o presidente do PT

por Paulo Jonas de Lima Piva
Há tempos a programação da TV Cultura, uma emissora pública e educativa, deixa a desejar. Contra os baixíssimos índices de audiência que sempre colocaram em xeque a sua existência a emissora tentou ser mais popular. Mas naufragou no intento. O máximo que conseguiu foi se tornar um arremedo cult de SBT. Ao mesmo tempo, para se manter uma emissora de referência e cumprir com a sua natureza e função, o máximo que vem conseguindo nesse sentido é ser uma caricatura do que foi no passado. Em outras palavras, a decadência da TV Cultura é explícita. Em quase nada a tevê paulista se difere das emissoras comerciais. E essa decadência se acelerou com a passagem do tucano José Serra pelo Palácio dos Bandeirantes, quando fez da emissora, na ocasião, um instrumento a serviço da sua derrotada campanha presidencial de 2010.
Tal degradação de qualidade da TV Cultura é visível, por exemplo, nos seus programas jornalísticos. Sua linha editorial conservadora, antipetista e tucana é indisfarçável. O "Matéria de capa", exibido aos domingos, é um panfleto neoliberal vergonhoso; o "Jornal da Cultura", uma espécie de Tucano News, com âncoras e comentaristas selecionados, na sua maior parte, na direita mais baixo nível.
Mas é no tradicional "Roda Viva" que a emissora se faz mais deprimente. O programa tornou-se um palanque para tucanos e ideólogos da pior direita e uma arapuca e paredão para personalidades progressistas e de esquerda. Foi o que ocorreu com as recentíssimas passagens de Serra e de FHC pelo centro do programa imediatamente após a onda de protestos juninos. Entre os seus entrevistadores só correligionários e office-boys da máfia midiática cuidadosamente selecionados e destacados para perguntarem exatamente o que os entrevistadores queriam responder. Em contrapartida, na edição de ontem, o presidente do PT Rui Falcão não teve levantadores de bola. Ao contrario, ele foi entrevistado como um touro numa praça de tourada ou um condenado numa zona de fuzilamento. No final, porém, o touro parece que venceu seus algozes, como podemos ver no vídeo abaixo. Essa parece ser também a opinião de Paulo Henrique Amorim em artigo que reproduzimos na sequência.

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PT DUVIDA QUE AÉCIO SEJA CANDIDATO: Rui Falcão enfrentou um pelotão de fuzilamento e tirou de letra.
por Paulo Henrique Amorim, para o Conversa Afiada
A TV Cultura de São Paulo é de uma fundação – Fundação Padre Anchieta -, que, segundo seu criador, Abreu Sodré, deveria ser independente do Governo Estadual e prestar um serviço educativo que ilustrasse todo paulista – governistas, oposicionistas, apolíticos ou transportistas em geral.
A TV Cultura resistiu a várias intempéries: Maluf, Quércia, Fleury.
O período em que gozou de mais independência política foi na gestão Mário Covas-Jorge Cunha Lima.
Pouco a pouco, os tucanos mais ortodoxos, Cerra e Alckmin, trataram de colocar a TV Cultura a serviço dos tucanos, de forma incondicional.
E, mais do que isso, trataram de esvaziá-la economicamente, já que o Cerra, por exemplo, não precisa da Cultura.
Tem a Globo à sua inteira disposição.
A Cultura tucana se tornou um arremedo de tevê pública.
Ela tem partido: o PSDB.
É o que mostra a sua mais exuberante vitrine, o programa que o Zé Simão apelidou de Roda Morta.
Hoje, o Roda Morta tem um problema na arcada dentária.
Que amarra a cara. 
O trejeito se combina com a posição na cadeira que demonstra arrogância, hostilidade e a pretensão de âncoras globais diante de indefesos entrevistados.
As perguntas são mais longas que as respostas.
Não são perguntas: são editoriais, autos de acusação.
E tudo numa dicção de fazer da fonoaudiologia um simulacro de arqueologia.
No caso de o entrevistado ser tucano, tudo muda.
Com os tucanos, a Roda gira suave, musical, como a roda gigante de um parque de diversões.
Com os petistas, a roda se torna o pelotão de fuzilamento do último ato da Tosca.
Foi o caso do Roda Morta desta segunda-feira.
O presidente do PT foi fuzilado por entrevistados pigais, com a aparência de um falso fuzilamento.
Não era.
Era um fuzilamento de verdade.
Não se sabia de onde vinha a bala mais certeira.
Se da mesa da ancoragem ou da bancada de entrevistados.
Muitas perguntas não tinham a função de esclarecer o espectador, mas de ferrar o entrevistado.
Desde que Heródoto Barbeiro foi demitido da ancoragem pelo Cerra, porque teve a ousadia de perguntar sobre os pedágios, o ansioso blogueiro preferiu não se submeter a esse sofrimento.
Fez agora para concluir que o Rui Falcão permitiu-se uma proeza.
Tirou de letra.
Não agrediu nenhuma pergunta.
(Porque dá vontade …)
E fez uma revelação que deve ter deixado a ancoragem feliz, com o júbilo acima da linha da água.
O PT considera – segundo Falcão – que o quadro sucessório ainda não está definido, já que o Cerra pode ser o candidato do PSDB.
Como se sabe, para jornalistas paulistas que o tratam de “Cerra”, “Cerra é a elite da elite”.
Falcão, presidente do PT, não tem certeza de que Aécio será o candidato.
O ansioso blogueiro também não.
Clique aqui para ler “Cerra vai Roseanar o Aécio ?”. 
Porque o Cerra tem mais grana e PiG (*) que o Aécio.
E, se deixasse solto, tinha fechado a TV Cultura.
Um desperdício de dinheiro.
Tinha vendido aquele terreno magnífico a uma construtora e, com o dinheiro, reforçava a verba publicitária da Sabesp.
Onde o âncora trabalharia de bom grado …
É MUITO BACANA ESTARMOS CONSCIENTE EM VETARMOS PENSAMENTOS COMO O DO "FELICIANO". TAMBEM POSTO AQUI UM DOS ARGUMENTOS AO QUAL VOCÊ ANALISA LOGICO-CONSCIENTE-RACIONAL DA MARILENA CHAUI:
http://www.youtube.com/watch?v=H1MTue7eRrA&feature=player_embedded#at=130
É IMPORTANTE REFLETIRMOS; É POR ISSO QUE POSTO ESSES VIDEOS. NÃO É COMUM VERMOS E OUVIRMOS PESSOAS COLOCANDO DE UMA FORMA CLARA E OBJETIVA EM REDE ABERTA: A RAZÃO E O SENTIDO DE ESTAR VIVO E SER VISTO RACIONALMENTE PERANTE A SOCIEDADE. TODOS QUEREMOS VIVER E POR ISSO PROCURAMOS SOBREVIVER. O QUE DIZER DE PESSOAS QUE ESTÃO VIVENDO EM CONDIÇOES MISERAVEIS? PRA QUEM GRITAR? SIM, O COMERCIO É IMPLACAVEL E ABSURDO - SUAS NECESSIDADES É O DESEJO INCOMPREENSIVEL DE SERES QUE GRITA POR UM PÃO DE CADA DIA E ACORDAM NUMA MANHÃ FRIA EM BUSCA DE EMPREGO.
A FAVELA? SÃO ELES CULPADOS POR VIVEREM EM TAL SITUAÇÃO? NÃO! HÁ UM RETRATO HISTORICO E EM MOVIMENTO DO MORRO – PESSOAS (NEGROS) QUE DEPOIS DE 1888, FORAM OBRIGADOS DEVIDO A IGNORANCIA A VIVEREM ISOLADOS EM PERIFERIAS, NÃO GENERICAMENTE, POIS NÃO SÓ NO BRASIL MAIS NO GERAL A VIVEREM ISOLADOS DA REALIDADE CONSCIENTE E INTELIGENTE QUE OS BRANCOS NÃO ENTENDERAM. SIM, DEVERIA SER UM “TABU” ESCREVER TUDO ISSO, MAS NÃO. HÁ UMA IGNORANCIA ABSURDA QUE AINDA NÃO ENTENDE A BIOLOGIA – TANTO NA QUESTÃO GENETICA, QUANTO A GEOGRAFICA. SIM! É DE CHORAR. ESSE CICLO DE PESSOAS FECHADAS EM SUAS ESTUPIDEZ, SOA ESTRANHO E DOLOROSA. REFLITAM!! A BELEZA, É O SENTIDO DE UM AMOR CONSCIENTE PARA COM O OUTRO. NÃO DEIXEMOS QUE O "CAPITAL" DESTRUA ESSE SENTIDO E CARINHO DE ESTARMOS JUNTOS E AMARMOS A VIDA EM UMA SOCIEDADE.
ASSISTAM E PROCUREM POR SI DE UMA FORMA CONSCIENTE A (SENDO VOCÊ) INTERPRETAR E ACREDITAR... PORQUE? É TÃO SIMPLES, E AINDA ESTAMOS A VER:
http://www.tvt.org.br/watch.php?id=13845&category=198
http://www.tvt.org.br/watch.php?id=13590&category=217
http://www.tvt.org.br/watch.php?id=13751&category=217
http://www.tvt.org.br/watch.php?id=13750&category=217
PARA PENSARMOS UM POUCO SOBRE ACONTECIMENTOS NO BRASIL


“Novas vozes no Brasil” – artigo original em português do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva
A juventude, conectada nas redes sociais e com os dedos ágeis em seus celulares, tem saído às ruas para protestar em diversas regiões do mundo.
Parecia mais fácil explicar as razões de tais protestos quando eles aconteciam em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia em 2011, ou onde a crise econômica levou o desemprego juvenil a níveis assustadores, como na Espanha e na Grécia, por exemplo. Mas a chegada dessa onda a países com governos democráticos e populares, como o Brasil, quando temos as menores taxas de desemprego da nossa história e uma inédita expansão dos direitos econômicos e sociais, exige de todos nós, líderes políticos, uma reflexão mais profunda.
Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.
Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.
Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 60 e 70. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 90, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.
Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.
A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.
A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes. Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.
Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.
E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.
No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.
A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores. Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República. Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.
Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de mais nada, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.
Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.

http://www.institutolula.org/novas-vozes-no-brasil-artigo-original-em-portugues-do-ex-presidente-luiz-inacio-lula-da-silva/#.Ueil_G2epqM